segunda-feira, 10 de maio de 2010

A benção ou o Abençoador

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Disse o Senhor a Moisés: Vai, sobe daqui, tu e o povo que tiraste da terra do Egito, para a terra a respeito da qual jurei a Abraão, Isaac e Jacó, dizendo: á tua descendência a darei. Enviarei o Anjo adiante de ti; lançarei fora os cananeus...Sobe para uma terra que mana leite e mel; eu não subirei no meio de ti, porque és povo de dura cerviz, para que te não consuma eu no caminho”. (Êxodo 33:1-3)

   Deus após tirar seu povo que a 400 anos estava sendo escravizado no Egito, os trás a liberdade através de seu escolhido “Moisés” e os dirige pelo deserto a caminho de Canaã, uma terra boa, prospera que produzia tudo quanto se plantava.
   Porém, durante a peregrinação no deserto, o povo se rebelou e murmurou por diversas vezes, ofendendo a santidade e misericórida de Deus com muita incredulidade, se perguntando muitas vezes se Deus realmente cumpriria aquilo que prometera.
   No versículo citado acima, após mais um terrivel ato de rebelião, Deus se encontra com Moisés fora do arraial dos Israelitas (Êxodo 33:07-11) e lhe diz que não seguirá com o povo para a terra prometida, mas enviaria em seu lugar um anjo para lhes dirigir.
   Deus como era de se esperar cumpriria sua promessa, mas o povo já não mais poderia contar com a sua presença.

   Meditando nessa passagem, observo o risco de se desejar tanto algo da parte de Deus e não ter a sabedoria e simplicidade em obedecer o Seu Tempo de nos abençoar.
   Quantos cristãos recebem promessas tremendas da parte de Deus e acabam se frustrando por não compreender que o tempo de Deus não é como nosso tempo, e ele sempre precisa provar nosso coração antes de nos abençoar para não tornarmos a benção em maldição como acabou fazendo o povo de Israel após entrar na terra.
   O problema está em colocar Deus a prova, usando a sua própria Palavra para ‘PRESSIONÁ-LO’.
   Deus jamais se esquece de suas promessas, e é o maior interessado em colocar seus planos em vigor na vida de seus filhos, mas quando a benção se torna mais importante que o abençoador, corremos o risco de recebermos o que fora desejado, mas sem a Presença de Deus para partilhar.
   Ter algo que nosso coração deseja se torna sem sentido quando o obtemos fora da vontade, do tempo, da graça de Deus. Somos totalmente incapazes de administrar a longo prazo qualquer bem sem causar dano a nós mesmos. Sem o conselho e a mão protetora de Deus nos ensinando e partilhando da benção alcançada, nos tornamos escravos dos nossos desejos, vivemos em função daquilo que alcançamos e nos desdobramos para que tudo não se desfaça entre nossos dedos. Facilmente perdemos o controle.

   Moisés sabia muito bem disso, estava disposto a morrer no deserto, mas não seguiria sem a presença de Deus. “Agora, pois, se achei graça diante de seus olhos, rogo-te que não nos faça subir deste lugar se Tua Presença não for conosco”. (Êxodo 33:15)

  Em resposta de um pedido tão sincero Deus respondeu a Moisés: “Eu o farei o que me pedes porque eu o conheço pelo nome”.

   O desejo do coração de Deus é abençoar seu povo e partilhar dessa alegria com eles, mas como temos entristecido o coração de Deus lhe colocando a prova, o abandonando ao recebermos o tão sonhado ‘presentinho’ e nos esquecendo do abençoador.
   Que o nosso coração seja sincero como o de Moisés desejando acima de todas as coisas a Presença de Deus não importando quanto tempo será necessário estar no deserto para se cumprir o Kairós (Plenitude do tempo de Deus). E com certeza todas as suas promessas se cumprirão uma a uma. Creia sem DÚVIDAR.


“Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus ( sua vontade, decreto) e a sua justiça (obedecer) e todas as demais coisas vos serão acrescentados”. (Mateus 6:33)

“Agrada-te (deseje-o, ame-o) do Senhor e Ele satisfará o desejo do teu coração”. (Salmos 37:4)

Com Amor,
Amanda Reis


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