domingo, 12 de junho de 2011

Frutos da Depressão - TESTEMUNHO

   Deixei de ir a igreja, fiz algumas amizades na minha turma da escola, mesmo ainda sofrendo demais com as brincadeiras de intenso mal gosto que os demais da sala costumavam fazer da minha aparência.
   Voltei a tomar raiva dos crentes (evangélicos), embora tivesse plena consciência de que não dava para voltar atrás, eu era um deles...
   Eu ainda amava muito a Jesus...Tentava chegar a uma aproximação que me fizesse se sentir bem como eu me sentia antes...Mas o que eu realmente sentia naqueles dias é que Ele tinha muita raiva de mim. (Mentira que alimentei durante tempos...)
   Sabia de alguns mecanismos que poderiam deixá-Lo feliz (religiosidade) e me empenhava em tentar cumpri-los, mas sempre falhava é claro! E assim comecei a achar que servir a DEUS era na verdade um grande peso ou simplesmente inútil...Minha mente cambaleava entre esses dois pensamentos.

   Minha rebeldia começou a se tornar mais notória com palavras de baixo nível. Respostas regadas de raiva na ponta da língua, cara amarrada, um instinto de auto-defesa que eram importantes para tentar manter alguma dignidade entre os que tentavam me humilhar, além de algumas brigas que às vezes não saiam de trocas de ofensas, outras já partindo para agressão. 
    Eu sempre fui péssima quando o assunto era briga...Era boa para arrumar uma ou comprar de alguma amiga, mas na hora do ataque, minhas limitações visuais sempre me deixavam em desvantagem.
    Não tolerava mais nenhum tipo de humilhação seja ela qual fosse, me defendia ou tentava me vingar sempre que podia. Comecei a sair com maior freqüência pelos bairros vizinhos procurando alguma badalação para dançar, paquerar, dar risada, esquecer os problemas!
    Falando em esquecer os problemas, eu tinha uma desvantagem. Depois da minha conversão ainda na infância não era capaz de colocar mais nenhum gole de álcool na boca, e isso foi extraordinário porque já havia pego gosto por bebidas como vinhos, cervejas, batidas, desde os meus 8 anos pelo que me lembro.

   Eramos sempre eu e as mesmas meninas...amigas até hoje, embora cada uma tenha seguido um rumo.
   Com o tempo fui me fazendo mais respeitada entre os grupinhos com o qual me envolvia...Comecei a potencializar minhas qualidades, comecei até a enxergar que não era tão feia assim...huahauahua!!!
    Voltei a dançar de tudo o que eu gostava...e hoje me repudio em lembrar de que o que mais gostava eram músicas sensuais...
    Nunca fui do tipo 'pega geral'...Na verdade não pegava ninguém...No início porque minha aparência não colaborava muito para isso e depois, devido a carência emocional familiar da qual sofria, sempre fui a romântica que acreditava que algum dia, um lindo e amoroso rapaz viria me salvar de todos os dramas que o meu pobre coração havia sofrido (blábláblá)...Não me lembrava que ALGUÉM já havia feito isso por mim!!! Mas haviam outras razões que pesava muito a minha decisão de 'ficar' com algum menino...Uma delas foi o número considerável de meninas conhecidas, amigas e não amigas, da qual eu puder ver se tornar 'mamães' antes do tempo e abandonadas pelos ditos 'papais'. Eu era uma candidata a 'suicida'...Ter um filho arruinaria meus planos...huahauahua!!! Hoje eu consigo rir disso!

   Estávamos só, minha mãe e eu...Meu irmão preferira arrumar um trabalho na outra cidade onde morávamos e ficar por lá, meu pai ainda estava no Nordeste sem enviar qualquer notícia...Ficávamos sabendo de uma coisa ou outra por meio de familiares, e as coisas com ele não estavam nada bem. Continuava bebendo muito e causando agora muita dor aos seus pais (meus avós).
   Minhas crises de revolta aumentava minha desobediência e as brigas com minha mãe eram constantes...
   Passado algum tempo meu irmão voltou a morar conosco e meu avô materno com quem morávamos veio a falecer não muito depois. 
    Agora meu pai estava nos pedindo para voltar...Tivemos dificuldades em aceitar, mas ele sem vacilar veio do Nordeste e ficou no velho barraco de madeira onde morávamos, sozinho ia se afundando em bebida embora ainda conseguisse trabalho para sustentar o vicio, quase morreu.
   Aceitamos ele de volta depois de muita conversa e juras falsas de que largaria o vicio e iria se tratar, do contrário o mandaríamos embora...E nada veio a se cumprir como já esperado.

   Hoje, sou completamente e infinitamente grata a Deus por não ter nos permitido abandonar o meu pai mesmo diante de tudo o que passamos, pois antes do fôlego de vida lhe ser tirado pudemos viver alguns momentos de retratação, amor, e a Salvação lhe alcançou após ele se render ao AMOR de DEUS que lhe foi oferecido. (Aleluia...Que lindas lembranças que ficaram).

   Mas enquanto os dias de trevas se mantinham em evidência, meus problemas familiares se intensificaram de uma forma quase insustentável...Brigas e mais brigas e mais brigas...Palavras duras de repúdio, de ódio, de lembranças do passado que trazia consigo inúmeras feridas...Eu não suportava mais...QUERIA MORRER!

Continuo no próximo post.
No amor, 
Amanda Reis.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Barulho causa Estresse...

Olá queridos!

Infelizmente eu tenho sido vítima desse mal...Hipersensibilidade ao barulho!
Dependo muito da minha audíção por causa da música e distinção de cada som é algo automático para mim, mas infelizmente ter um ouvido tão sensível me deixa muito mais suscetível ao estresse devido ao barulho.
Muitas vezes pensamos que isso é frescura, bobagem, mas leia abaixo as reportagens a respeito do assunto e reavalie como você tem cuidado de sua saúde auditiva.
Separar um momento para curtir o "silêncio" pode ser muito saudável.

 No amor,
Amanda Reis.

Barulho demais, saúde de menos
Estresse, insônia e infecções compõem "encrencas" que poluição sonora pode causar

Decibéis muito acima do tolerável ocupam hoje o terceiro lugar no ranking de problemas ambientais que mais afetam populações do mundo inteiro, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a poluição do ar e a da água estão na dianteira. Não se trata de simples incômodo. 

Barulho mata. Só por infarto, são 210 mil vítimas fatais todo ano aponta um relatório da OMS que deveria, este sim, sair da surdina para soar em alto volume. 
A poluição sonora ainda não recebeu a devida atenção, lamenta o neurofisiologista Fernando Pimentel- Souza, da Universidade Federal de Minas Gerais, um dos maiores estudiosos brasileiros dos efeitos da poluição acústica na saúde humana.
Com tanto zunzunzum de carros, buzinas, telefones, eletrodomésticos, tocadores de MP3, um número incalculável de pessoas passou a sofrer, além dos óbvios distúrbios auditivos, de dor de cabeça crônica, hipertensão, alterações hormonais e insônia.
"Somos assaltados o tempo inteiro por ruídos altíssimos", nota o otorrinolaringologista Arnaldo Guilherme, da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp. Só para você ter uma idéia, o trânsito em cidades como São Paulo, Belo Horizonte e Salvador alcança facilmente os 80 decibéis, o mesmo que um liquidificador ligado a 1 metro de distância. 
E, de acordo com a OMS, todo e qualquer som que ultrapasse os 55 decibéis já pode ser considerado nocivo para a saúde. As pessoas não se dão conta do problemão a que estão expostas porque as conseqüências não são imediatas, elas vão se acumulando e só aparecem com o tempo, diz Guilherme.
Seria preciso viver isolado feito um ermitão para passar incólume pelo estresse acústico, carga de tensão que age como gatilho para todas as encrencas relacionadas à vida moderna e barulhenta. "Como, na prática, isso é impossível para a maioria nos grandes centros urbanos, o corpo entra numa espécie de alerta. 
A musculatura fica tensionada, o coração dispara, a pressão arterial sobe, o estômago fica cheio de suco gástrico e o intestino trabalha bem devagarinho", descreve o especialista.
"Muito barulho também provoca grande agitação, além de dificultar a concentração", afirma o otorrinolaringologista Arnaldo Guilherme. Quem trabalha em locais onde o nível de ruído vai às alturas sabe disso muito bem. 
"Às vezes a pessoa sente dificuldade para relaxar até quando chega em casa, de tão elétrica que ficou durante o dia", completa Guilherme. Tanta excitação assim costuma levar a quadros de hiperatividade, agressividade, mau humor, depressão e até bipolaridade.
Fonte: Saúde! é vital / UOL


Barulho causa estresse e perda de memória

Publicado em 23/06/2008 | ANA CAROLINA BENDLIN

Pode parecer pouco, mas mesmo os dez decibéis registrados acima do limite estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) podem causar muitos distúrbios para quem têm de conviver com esses ruídos diariamente. Apesar de não causar surdez, médias como as registradas no centro de Curitiba podem ser responsáveis por uma série de outras doenças. “Os nossos ouvidos são muitos sensíveis ao barulho, mas a surdez decorrente da poluição sonora só acontece com pessoas que trabalham ou residem em um ambiente cujas médias de ruídos diários chegam a ultrapassar os 80 decibéis”, explica Luiz Carlos Sava, professor de Otorrinolaringologia e Distúrbios do Sono da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). “Mas as médias entre 65 e 80 decibéis podem influir no sono e causar estresse, irritação, nervosismo e até mesmo alterações gástricas.”
O professor aposentado de Neurofisiologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Fernando Pimentel de Souza, que já desenvolveu diversos estudos relacionando a poluição sonora e a saúde, explica os efeitos dos ruídos no sono e no comportamento. “Pessoas que transitam por ambientes com ruído de fundo de 70 decibéis e picos de 85 decibéis, situação bem comum em capitais brasileiras, como Curitiba e Belo Horizonte, tendem a ficar mais suscetíveis a essas alterações psicofisiológicas porque o barulho faz com que os níveis de adrenalina, cortisol e colesterol aumentam significativamente”, afirma, alertando que a situação piora ainda mais quando se trata de indivíduos que dormem em ambientes ruidosos. “Esses podem sofrer perda de memória e dificuldades na aprendizagem. Geralmente não se percebe que o ruído é tão mortal porque ninguém vê que ele tem um efeito cumulativo a longo prazo.”

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Parte de Mim* Testemunho II

   Que dia Glorioso foi aquele...Sentia como se tivesse recebido uma nova vida, e de fato isso aconteceu!
Ingressei numa aventura sem classificação humana para descrever, uma nova história passou a ser escrita e 'eu' era a personagem principal na história.

   Meu batismo foi pela manhã no templo sede da denominação da qual fazia parte, eu me sentia diferente, não sei explicar, me sentia apenas diferente...Mas sem dúvida essa diferença me causava alegria, uma imensa alegria.
Então chegou o horário do culto e mal sabia eu o que me esperava...
   Ah!! Jamais poderia ter imaginado o encontro que teria aquela noite, o início de uma história de amor que transformaria completamente a minha vida.

   Lá estava eu na igrejinha feia, de pouquíssimos membros, sem nenhuma estrutura material da qual estamos acostumados a ver nas igrejas de hoje.
   Recebi um honroso convite partindo da pastora e sua filha, pessoas que amo muito e que sinto muita saudade...Enfim, fui chamada para fazer parte do 'louvor'...rsrs!
   Sim, mas como descrevi no post anterior, o louvor nada mais era que ir a frente do altar e com apenas palmas e voz cantar os famosos 'corinhos' e alguns hinos que começaram a se tornar conhecidos em meio as igrejas evangélicas.

" Jacó segurou o anjo, agarrou o anjo e não quis largar..."
"Desenboca o vaso Jesus, enche de azeite, enche de azeite, enche de azeite..."


AAAAHHH que saudades...

   Eu amava cantar acompanhando com palmas a beleza simples daquelas canções... Eu sentia muita paz, alegria, ânimo...Foi um período muito bom!
   E ainda aquela noite, depois da mensagem eu participei pela primeira vez da comunhão da SANTA CEIA... Com a inocência e seriedade de criança, aprendi que o Pão era o corpo de Cristo e o Suco de Uva o sangue Dele ali simbolizados...Quanto temor havia em tocá-los, quanta honra poder ingeri-los, quão sério e digno de punição se os fizesse de forma banal...É tão triste ver como as coisas mudaram hoje e o simbolismo da CEIA se tornou algo tão "comum".
   E após cear com os irmãos, todos nos ajoelhávamos para agradecer pelo sacrifício de Jesus. Rituais singelos mas que mantinham uma atmosfera de mistério, reverencia e beleza em sua simplicidade.

   E era no meio da oração que aquele povo começava a falar de um jeito estranho, numa língua que eles diziam ser a linguagem do céu ensinada pelo Espírito Santo, e eu mesmo sem entender nada, se era do céu, eu também queria né!!
   Pois bem...Ele conhecia meu coração de criança, o desejo de conhecê-lo, pedi que viesse morar em meu coração e me selar com Sua Presença através daquelas línguas 'malucas'...hahahaha! Mas eu não sabia queridos, e só o tempo foi capaz de me ensinar o que é falar com Deus em sua própria língua, o que é de fato tê-lo como parte do 'Meu Ser'.

   Aquela noite foi o dia em que Deus Espírito, a terceira pessoa da Trindade se fez conhecido para mim.
Eu realmente o recebi como um Amigo estimado sempre presente não importasse o momento, e assim Ele se fazia, porém, nossas conversas geralmente eram monólogos...Só eu falava e até dava a impressão de que Ele não estava me ouvindo, mas bastava ir a Igreja ouvir a mensagem, ou pegar a Bíblia para ler que tudo quanto eu precisava ouvir era falado...Uau!! Era mágico!

   Tudo isso era a parte boa...Mas os meus conflitos emocionais não diminuíram, na verdade pareciam aumentar, só me sentia bem na Igreja, passava ali o maior tempo que podia, o que continuava deixando minha mãe extremamente irritada mesmo tendo se convertido também.
   A situação financeira continuava muito complicada, agora meu pai já não estava mais conosco, fora para o Nordeste e passado 2 anos de muita luta, reencontramos após aproximados 20 anos meu avô materno que morava sozinho no interior de São Paulo, quanto a nós, morávamos em uma cidade próximo a capital.
Então nos convidou para morarmos com ele no interior de São Paulo e diante das situações que vivíamos acabamos aceitando.

   No início apoiei a mudança porque imaginava que em outro lugar desconhecido refaríamos nossa vida, e eu continuava sofrendo terrívelmente pelos meus complexos de inferioridade agora ligados a minha aparência que incomodava pelo início da puberdade. Na escola eram muitos comentários maldosos, posso dizer que não era uma jovenzinha muito atraente...huahauhauauha! Mas isso realmente me causava um mal extremo unidos aos sentimentos de insegurança e crises familiares o que agora me levava a ter uma personalidade explosiva, rebelde e depressiva.
   Mas após a mudança e integração na nova cidade, tudo simplesmente se intensificou...Perdi meu chão...Não conhecia nada no bairro que mais parecia um cemitério de tão calmo e isolado. Atrasada nas matérias escolares que eram dadas na nova escola, sem qualquer idéia de onde achar uma outra Igreja semelhante a qual eu fazia parte e o pior de tudo...Uma sala repleta de alunos duplamente maldosos com pessoas de aparência não muito favorecida.
   Só para quebrar o gelo...huahauhaha...eu era uma mocinha de quase 13 anos muito magricela, alta e esguia, usava óculos fundo de garrafa, cabelos encaracolados crespos e os dentes frontais separados. Imaginou isso no ginásio?????? HUHAUHAUAHA!

   Por fim soube de uma igreja não muito perto de onde morava, mas daria para ir a pé com minha mãe e somente aos Domingos pois ela trabalhava aos Sábados. Isso era triste para mim, pois me acostumei de sempre ajudar nas atividades da Igreja de onde vim. Mas não durou muito tempo para eu me decepcionar com as pessoas daquela denominação, entre os jovens que não sabiam disfarçar a indiferença e a dificuldade de saber acolher uma pessoa estranha entre eles.
   Hoje, sei com plena convicção de que não houve maldade em suas atitudes, posteriormente voltei a fazer parte desse ministério por vários anos, mas eu cheguei naquele lugar de estrutura muito maior comparados com as de onde eu vinha com uma imensa bagagem de rejeição e inferioridade, então qualquer olhar atravessado para mim naquela época, era motivo para me ofender.
   Algumas pessoas de fato não viviam o cristianismo tal como ele é, mas seja qual for o meio social a que venhamos viver, se for integrados por pessoas, sempre haverão defeitos...

Continuo no próximo post.
No amor,
Amanda Reis.







domingo, 5 de junho de 2011

Um Pouco de Mim* TESTEMUNHO

    Motivada por um pedido de um amigo do Facebook, decidi falar sobre minha conversão...Essa sem dúvida foi a maior e mais incrível experiência da minha vida, o que trouxe consigo as demais experiências que hoje posto.

   Cresci em um lar simples, filha de pais humildes que professavam fé em Deus, mas que não viviam com verdade nenhum tipo de religião.
   Filha caçula criada com um irmão 6 anos mais velho...
   Eu sempre fui muito ativa, bagunceira de verdade...Adorava brincar na rua, e as brincadeiras mais legais eram as de menino...rsrs!
   Carrinho de rolemã, pipa, pega-pega, jogar pedra no telhado alheio, subir em altas árvores, roubar limão na casa do vizinho...rs!
   Amava dançar muito (lambada, samba, axé, pagode)...nossa vizinhança, círculos de amigos e parentes que moravam próximo gostavam de se reunir  em pequenas festinhas de bairro e eu não perdia uma.
   Eu soube viver a inocência da infância em sua plenitude, era uma menina forte, independente, livre para fazer minhas traquinagens, tinha uma imaginação e tanto.
   Hoje posso dizer que o Senhor já forjava meu caráter para me tornar a mulher que sou hoje.

   Sofri um atropelamento aos 6 anos de idade e passei por 3 cirurgias na região do calcanhar, onde tenho as cicatrizes ainda hoje.
   Explicar como um carro conseguiu passar por cima apenas do meu calcanhar esquerdo sem causar qualquer outro dano é impossível para mim. Querido, chame uma criança de 6 anos, olhe para suas perninhas frágeis e tente imaginar como um carro pode passar por cima apenas de uma delas sem agredir nenhuma outra parte de seu corpo ou toda a extensão de sua perna.
   Enfim...não preciso dizer o grande livramento de morte que recebi ainda tão nova, e hoje eis me aqui com minhas pernas perfeitas para dançar, pular, andar de patins (amo) e glorificar a Deus que me deu vida.

   Mas embora fosse uma menina realmente ativa e alegre, os anos foram se passando e essa alegria passou a se tornar cada vez mais frágil.
   Sofria de sentimentos de inferioridade gerada pela insegurança adquirida com a vivência difícil junto ao meu pai. Este homem maravilhoso, que me deixou um tesouro de caráter sem igual quando sóbrio, era escravo do "álcool" e tomado pelas lembranças dolorosas de sua infância, reproduzia todo um repertório de palavras e atitudes maldosas que muito afetaram a mim e a meu irmão.

   Quando eu tinha por volta de 9 anos e meio, mudamos de bairro e eu vim a conhecer uma outra menina de 12 anos, evangélica, que morava em frente a minha casa.
   Foram anos difíceis aqueles, marcado por desemprego dos meus pais, dificuldades financeiras, e nossa casinha amados era um simples e apertado cômodo de madeira em um bairro de periferia.
   E a amizade com essa outra menina se tornou muito estreita, e um determinado dia ela me chamou para irmos à sua igreja.
   Amados, vale ressaltar que eu tinha um temperamento terrível, e já não gostava de "crentes" pela influência do meu pai. Aquele povo chato, barulhento, sem graça que vivia dizendo que todo mundo ia para o "inferno". Mas depois de algum tempo de insistência e porque ela era muito legal, aceitei o convite...Mas detalhe! Era festa do dia das crianças e ia ter boloooooooo...(cake)...rs!
   Eu confesso!!! Fui por interesse!! rsrs.

   Chegamos naquela igrejinha feia, de vidros quebrados, de 'telhas' quebradas, chão sem piso, apenas o cimento grosso e mal trabalhado, bancos de madeira grosseira feitos à mão e pregos mal batidos, que saia a farpa na roupa ou a roupa na farpa...huahauhaa!
   Não havia instrumentos...Sequer haviam ministros de louvor...Apenas o pastor, uma irmã extremamente humilde e desafinada que puxavam os famosos "corinhos"...huahauahua...Nem dá pra acreditar né?? Pois bem, isso foi em meados de 1996.
   Não me pergunte como, quando ou porque, mas gostei dali!! Era até meio engraçado como aquele povo orava.
   Comecei a ir algumas vezes, mas revezava com as visitas ao terreiro de umbanda que fazia junto com minha mãe e alguns vizinhos, pois queríamos de algum modo que meu pai parasse de beber e que os "caminhos" fossem abertos. O povo falava que funcionava ué...Fomos tentar!!

Não tenho a menor intenção de criticar qualquer religião aqui, na verdade sou aversiva a falar de qualquer religião seja ela qual for, mas como é meu testemunho, e é a verdade que eu vivi tenho que dizer que os "trabalhos" no terreiro não funcionou e meu pai passou a beber muito mais até que foi embora para o Nordeste e nos deixou, voltando somente cerca de 6 anos depois.

   Eu acabei me decidindo de ficar na igreja, já tinha 10 anos e meio e queria me batizar "nas águas", mas minha mãe não deixou, dizia que eu era muito nova e não sabia o que queria da vida. Pois eu me tornei uma beata mirim...rsrs...O que a deixava com ainda mais raiva...Eu vivia na igreja...Ia limpar, ensaiar para cantar com as crianças, tenho até hoje minha primeira bíblia pequenininha e azul que ganhei na escola, só tinha o Novo Testamento, Salmos e Provérbios...huahauaha
   Mas eu adorava ler as histórias de JESUS CRISTO e com minha super imaginação ficava revoltada com as pessoas que o haviam judiado.
   No dia 07 de Dezembro de 1997, eu com 11 anos desci as águas do batismo declarando JESUS CRISTO como o Salvador da minha vida, estava ansiosa para aquele momento mas fui a última da fileira de bancos a descer as águas...A PRIMEIRA FOI MINHA MÃE!

Continuo no próximo post
No amor,
Amanda Reis.






sábado, 4 de junho de 2011

"TESTEMUNHO e RETRATAÇÃO"

Olá Amados!


   Este Blog tem o nome de DESPERTAR...
   Quando conversei com Deus a respeito de criar este Blog, na verdade foi Ele mesmo Quem me direcionou a fazê-lo, o intuito era partilhar aquilo que Ele tem me ensinado ao longo de 13 anos, e provocando assim a cada leitor buscar compreender o que é ter um relacionamento com Deus acima da religiosidade...


  O nome DESPERTAR surgiu em algumas de minhas meditações e experiências que me mostraram quantas pessoas se encontram "dormindo" diante da realidade de decadência que nossa geração se encontra por causa da DESOBEDIÊNCIA a princípios divinos estabelecidos, não para se tornar PESO, mas sim gerar Equilíbrio.
  Sabe queridos, eu já passei por muitas situações dentro do evangelho que geraram muitas frustrações, dentre elas eu ainda uma adolescente nova convertida me afastei da "igreja - denominação" da qual fazia parte porque os ouvia pregando algo que não viviam com verdade e sequer reconheciam isso.
   Eu muito nova, imatura, me decepcionei, e vim a me afastar do CAMINHO que Deus à pouco havia me atraído.


   Foram 2 anos e meio de tentativas frustradas em busca de alegria que meus amigos (não cristãos) juravam que possuíam...Pessoas maravilhosas, amáveis, muito mais do que os ditos "crentes", elas apenas tinham uma filosofia de que DEUS AMA A TODOS não importa como se comportem, e na verdade Deus AMA mesmo, porém esse amor não isenta a sua SANTIDADE.
   Mas eu posso lhes dizer que os comportamentos não eram dos melhores, e a consequência pelas escolhas que fazíamos sempre chegava.
  Vi amigos meus sendo presos, amigas sendo mães solteiras, alguns escolheram as drogas, outros apenas deixaram os estudos e frustraram alguns sonhos...


  Mas eu não queria muita coisa, bastava me ver livre da "depressão" companheira desde muito cedo, mas nenhum caminho parecia ser atalho para me ver livre dela.
  Nasci dentro de uma família de muitas crenças e supertições...pude conhecer não muito a fundo, mas o suficiente do Candomblé, Catolicismo, Kardecismo, Exoterismo e ao final os "crentes".
  Pois bem...Essa depressão estava conseguindo me convencer de que viver não valia á pena devido várias situações que vivi, apoio que não tive, e uma falsa alegria que se findava ao por a cabeça no travesseiro. Não foi um tempo fácil.


  Mas foi nesse período tão devastador na minha vida que conheci algo novo...
  Numa noite enquanto eu chorava em minha cama, abafando meu lamento no travesseiro para meus pais não ouvirem, principalmente meu pai, homem maravilhoso mas que se transformava em uma pessoa repugnante devido o vício do alcoolismo, entrei em confronto com Deus.
  Embora eu estivesse afastada da igreja, conhecia ao menos um pouco sobre a Bíblia, ainda tinha hábito de lê-la de vez em quando e diante disso eu comecei a rasgar a minha alma para Deus:


  " Por quê Você me criou? Pra quê? Será que Você existe realmente? Pois se existe não deve gostar nenhum um pouco de mim!
  É, eu sei que não faço as coisas que Você quer! Eu não presto nem para te servir! Me mata de uma vez! Acaba com esse sofrimento...
 Você está aí...TODO PODEROSO...rodeado de anjos, esperando que todos te sirvam! E ai de quem não fizer do Seu jeito!
 E eu? Eu estou sozinha! Mesmo com pessoas ao meu redor, ninguém percebe como me sinto!     Você sabe o que é estar Sozinho?
 Não! VOCÊ NÃO SABE!"


   Essas palavras ainda são claras na minha mente...Talvez não todas elas de forma seqüencial, mas dessa maneira arrogante, frustrada, desesperada que eu uma adolescente de 15 anos me coloquei diante de Deus.
   E essa foi a primeira noite que eu pude ouvir a voz de Deus audível falando ao meu espírito cruzando a minha alma, uma voz como aquela que você julga ser a sua Consciência. 
   Ele me disse:


"Filha! Eu vim a este mundo na forma de Jesus Cristo Homem, falei de amor, curei, alimentei, amei, e essas pessoas a quem amei, a quem curei, e alimentei ecoaram na minha prisão dizendo 'Mate Jesus e Solte Barrabás.'
Meus discípulos fugiram, outro me negou...e enquanto Eu era crucificado MEU PAI virou as costas para mim por causa dos pecados que carreguei comigo.
EU SEI O QUE ESTAR SOZINHO! MAS VOCÊ NÃO ESTÁ...EU ESTOU COM VOCÊ!"


   Pode parecer apenas uma linda história, uma fábula, uma mentira, mas eu posso lhe afirmar que não é só comigo que Ele deseja se revelar dessa maneira e falar pessoalmente ao coração. O desejo Dele é agir assim com intimidade com você também...Essa é a razão desse Blog existir, te fazer entender a PAIXÃO ardente que leva Esse DEUS desejar ter um relacionamento íntimo com você desde que você DESPERTE!
   O testemunho a partir de então é realmente muito extenso, mas até aqui você já pôde perceber que esse AMOR me atraiu de novo e me fez hoje quem sou.


Eu recebi hoje esse comentário abaixo aqui no Blog:


"Você fala de Deus como o "alguém" que mais se importa conosco, ama e quer o bem. Mas em todos os posts, não passa uma frase sem colocar um dever ou regra a seguirmos para receber aprovação Dele. Acredito que de nada serve um dom dado se não posso fazer pleno uso dele. A vida deve ser vivida plenamente. A biblia fala em "amar o proximo como nós mesmos". Voce diz tanto amar ao outro mas nega a presença dos que nao vivem na mesma "santidade" que voce. É, Deus é imparcial, mas você seleciona os ambientes pelas pessoas que o frequentam. O que faz de voce diferente? Pois é... somos imperfeitos. Somos iguais."
Por Anônimo em Namoro em Santidade!! É possivel?? em 03/06/11

   Me parece que "você" querido que colocou este comentário deva me conhecer de algum lugar para citar lugares que "seleciono", e eu te peço perdão se em algum momento eu transpareci que seja mais "santa" ou diferente de você ou qualquer outra pessoa com quem estivemos perto.
  Em cada post meu amado, não tento impor regras, mas eu partilho o entendimento daquilo que a PALAVRA DE DEUS expõe como sendo um princípio de vida que AGRADE A DEUS, foi para isso que Ele nos deixou a BÍBLIA...
   Creio que seu pai, sua mãe sempre o amou, mas isso não os isentou de lhe ensinar valores morais e corrigí-lo severamente quando foi necessário. Com DEUS NÃO É DIFERENTE.
   Como o comentário foi num post não escrito por mim, e que fala de namoro em Santidade, talvez tenha ficado a impressão de que os conselhos do autor imponha alguma regra que você se vê contrário. Respeito sua opinião, mas não discordo do autor que frisou a importância de se ter um relacionamento onde a base é AMAR O SENHOR e respeitar o COMPANHEIRO.
   Concordo que a vida foi feita para ser vivida plenamente, Jesus morreu para isso, mas Eclesiastes 11:7-9 diz para vivermos como desejamos, porém, sem nos esquecer que tudo virá a julgamento.
   Deus é AMOR e tem sim o melhor para nós, a questão é que muitas vezes achamos que o nosso desejo é MELHOR. Buscamos satisfazê-lo...Mas pergunte-se a si mesmo: "Realizar esse desejo trará honra, glória e alegria ao coração de Deus?". Se você buscar agradá-lo Ele sim te mostrará o que é MELHOR - SALMOS 37:3,4.

"Quanto a mim querido, sou errante demais, em palavras, atitudes e pensamentos...Se tiver oportunidade de ler outros posts além do que comentou, poderá listar os erros que exponho de mim mesma...Mas eu posso lhe garantir que eu estou tentando ser o mais fiel possível ao meu relacionamento com Deus e anseio ser diferente para que DEUS possa ver também em mim que VALEU A PENA o SACRIFÍCIO.
Não faço diferença de ambientes por me considerar "santa", apenas não me sinto confortável para permanecer em determinados lugares por inúmeros motivos.

Se me conhece e tem acesso a minha pessoa, por favor me procure...Terei prazer em esclarecer e retratar qualquer situação que possa ter sido mal interpretada...

Deus o abençoe!
No amor,
Amanda Reis.