Que dia Glorioso foi aquele...Sentia como se tivesse recebido uma nova vida, e de fato isso aconteceu!
Ingressei numa aventura sem classificação humana para descrever, uma nova história passou a ser escrita e 'eu' era a personagem principal na história.
Meu batismo foi pela manhã no templo sede da denominação da qual fazia parte, eu me sentia diferente, não sei explicar, me sentia apenas diferente...Mas sem dúvida essa diferença me causava alegria, uma imensa alegria.
Então chegou o horário do culto e mal sabia eu o que me esperava...
Ah!! Jamais poderia ter imaginado o encontro que teria aquela noite, o início de uma história de amor que transformaria completamente a minha vida.
Lá estava eu na igrejinha feia, de pouquíssimos membros, sem nenhuma estrutura material da qual estamos acostumados a ver nas igrejas de hoje.
Recebi um honroso convite partindo da pastora e sua filha, pessoas que amo muito e que sinto muita saudade...Enfim, fui chamada para fazer parte do 'louvor'...rsrs!
Sim, mas como descrevi no post anterior, o louvor nada mais era que ir a frente do altar e com apenas palmas e voz cantar os famosos 'corinhos' e alguns hinos que começaram a se tornar conhecidos em meio as igrejas evangélicas.
" Jacó segurou o anjo, agarrou o anjo e não quis largar..."
"Desenboca o vaso Jesus, enche de azeite, enche de azeite, enche de azeite..."
AAAAHHH que saudades...
Eu amava cantar acompanhando com palmas a beleza simples daquelas canções... Eu sentia muita paz, alegria, ânimo...Foi um período muito bom!
E ainda aquela noite, depois da mensagem eu participei pela primeira vez da comunhão da SANTA CEIA... Com a inocência e seriedade de criança, aprendi que o Pão era o corpo de Cristo e o Suco de Uva o sangue Dele ali simbolizados...Quanto temor havia em tocá-los, quanta honra poder ingeri-los, quão sério e digno de punição se os fizesse de forma banal...É tão triste ver como as coisas mudaram hoje e o simbolismo da CEIA se tornou algo tão "comum".
E após cear com os irmãos, todos nos ajoelhávamos para agradecer pelo sacrifício de Jesus. Rituais singelos mas que mantinham uma atmosfera de mistério, reverencia e beleza em sua simplicidade.
E era no meio da oração que aquele povo começava a falar de um jeito estranho, numa língua que eles diziam ser a linguagem do céu ensinada pelo Espírito Santo, e eu mesmo sem entender nada, se era do céu, eu também queria né!!
Pois bem...Ele conhecia meu coração de criança, o desejo de conhecê-lo, pedi que viesse morar em meu coração e me selar com Sua Presença através daquelas línguas 'malucas'...hahahaha! Mas eu não sabia queridos, e só o tempo foi capaz de me ensinar o que é falar com Deus em sua própria língua, o que é de fato tê-lo como parte do 'Meu Ser'.
Aquela noite foi o dia em que Deus Espírito, a terceira pessoa da Trindade se fez conhecido para mim.
Eu realmente o recebi como um Amigo estimado sempre presente não importasse o momento, e assim Ele se fazia, porém, nossas conversas geralmente eram monólogos...Só eu falava e até dava a impressão de que Ele não estava me ouvindo, mas bastava ir a Igreja ouvir a mensagem, ou pegar a Bíblia para ler que tudo quanto eu precisava ouvir era falado...Uau!! Era mágico!
Tudo isso era a parte boa...Mas os meus conflitos emocionais não diminuíram, na verdade pareciam aumentar, só me sentia bem na Igreja, passava ali o maior tempo que podia, o que continuava deixando minha mãe extremamente irritada mesmo tendo se convertido também.
A situação financeira continuava muito complicada, agora meu pai já não estava mais conosco, fora para o Nordeste e passado 2 anos de muita luta, reencontramos após aproximados 20 anos meu avô materno que morava sozinho no interior de São Paulo, quanto a nós, morávamos em uma cidade próximo a capital.
Então nos convidou para morarmos com ele no interior de São Paulo e diante das situações que vivíamos acabamos aceitando.
No início apoiei a mudança porque imaginava que em outro lugar desconhecido refaríamos nossa vida, e eu continuava sofrendo terrívelmente pelos meus complexos de inferioridade agora ligados a minha aparência que incomodava pelo início da puberdade. Na escola eram muitos comentários maldosos, posso dizer que não era uma jovenzinha muito atraente...huahauhauauha! Mas isso realmente me causava um mal extremo unidos aos sentimentos de insegurança e crises familiares o que agora me levava a ter uma personalidade explosiva, rebelde e depressiva.
Mas após a mudança e integração na nova cidade, tudo simplesmente se intensificou...Perdi meu chão...Não conhecia nada no bairro que mais parecia um cemitério de tão calmo e isolado. Atrasada nas matérias escolares que eram dadas na nova escola, sem qualquer idéia de onde achar uma outra Igreja semelhante a qual eu fazia parte e o pior de tudo...Uma sala repleta de alunos duplamente maldosos com pessoas de aparência não muito favorecida.
Só para quebrar o gelo...huahauhaha...eu era uma mocinha de quase 13 anos muito magricela, alta e esguia, usava óculos fundo de garrafa, cabelos encaracolados crespos e os dentes frontais separados. Imaginou isso no ginásio?????? HUHAUHAUAHA!
Por fim soube de uma igreja não muito perto de onde morava, mas daria para ir a pé com minha mãe e somente aos Domingos pois ela trabalhava aos Sábados. Isso era triste para mim, pois me acostumei de sempre ajudar nas atividades da Igreja de onde vim. Mas não durou muito tempo para eu me decepcionar com as pessoas daquela denominação, entre os jovens que não sabiam disfarçar a indiferença e a dificuldade de saber acolher uma pessoa estranha entre eles.
Hoje, sei com plena convicção de que não houve maldade em suas atitudes, posteriormente voltei a fazer parte desse ministério por vários anos, mas eu cheguei naquele lugar de estrutura muito maior comparados com as de onde eu vinha com uma imensa bagagem de rejeição e inferioridade, então qualquer olhar atravessado para mim naquela época, era motivo para me ofender.
Algumas pessoas de fato não viviam o cristianismo tal como ele é, mas seja qual for o meio social a que venhamos viver, se for integrados por pessoas, sempre haverão defeitos...
Continuo no próximo post.
No amor,
Amanda Reis.
Ingressei numa aventura sem classificação humana para descrever, uma nova história passou a ser escrita e 'eu' era a personagem principal na história.
Meu batismo foi pela manhã no templo sede da denominação da qual fazia parte, eu me sentia diferente, não sei explicar, me sentia apenas diferente...Mas sem dúvida essa diferença me causava alegria, uma imensa alegria.
Então chegou o horário do culto e mal sabia eu o que me esperava...
Ah!! Jamais poderia ter imaginado o encontro que teria aquela noite, o início de uma história de amor que transformaria completamente a minha vida.
Lá estava eu na igrejinha feia, de pouquíssimos membros, sem nenhuma estrutura material da qual estamos acostumados a ver nas igrejas de hoje.
Recebi um honroso convite partindo da pastora e sua filha, pessoas que amo muito e que sinto muita saudade...Enfim, fui chamada para fazer parte do 'louvor'...rsrs!
Sim, mas como descrevi no post anterior, o louvor nada mais era que ir a frente do altar e com apenas palmas e voz cantar os famosos 'corinhos' e alguns hinos que começaram a se tornar conhecidos em meio as igrejas evangélicas.
" Jacó segurou o anjo, agarrou o anjo e não quis largar..."
"Desenboca o vaso Jesus, enche de azeite, enche de azeite, enche de azeite..."
AAAAHHH que saudades...
Eu amava cantar acompanhando com palmas a beleza simples daquelas canções... Eu sentia muita paz, alegria, ânimo...Foi um período muito bom!
E ainda aquela noite, depois da mensagem eu participei pela primeira vez da comunhão da SANTA CEIA... Com a inocência e seriedade de criança, aprendi que o Pão era o corpo de Cristo e o Suco de Uva o sangue Dele ali simbolizados...Quanto temor havia em tocá-los, quanta honra poder ingeri-los, quão sério e digno de punição se os fizesse de forma banal...É tão triste ver como as coisas mudaram hoje e o simbolismo da CEIA se tornou algo tão "comum".
E após cear com os irmãos, todos nos ajoelhávamos para agradecer pelo sacrifício de Jesus. Rituais singelos mas que mantinham uma atmosfera de mistério, reverencia e beleza em sua simplicidade.
E era no meio da oração que aquele povo começava a falar de um jeito estranho, numa língua que eles diziam ser a linguagem do céu ensinada pelo Espírito Santo, e eu mesmo sem entender nada, se era do céu, eu também queria né!!
Pois bem...Ele conhecia meu coração de criança, o desejo de conhecê-lo, pedi que viesse morar em meu coração e me selar com Sua Presença através daquelas línguas 'malucas'...hahahaha! Mas eu não sabia queridos, e só o tempo foi capaz de me ensinar o que é falar com Deus em sua própria língua, o que é de fato tê-lo como parte do 'Meu Ser'.
Aquela noite foi o dia em que Deus Espírito, a terceira pessoa da Trindade se fez conhecido para mim.
Eu realmente o recebi como um Amigo estimado sempre presente não importasse o momento, e assim Ele se fazia, porém, nossas conversas geralmente eram monólogos...Só eu falava e até dava a impressão de que Ele não estava me ouvindo, mas bastava ir a Igreja ouvir a mensagem, ou pegar a Bíblia para ler que tudo quanto eu precisava ouvir era falado...Uau!! Era mágico!
Tudo isso era a parte boa...Mas os meus conflitos emocionais não diminuíram, na verdade pareciam aumentar, só me sentia bem na Igreja, passava ali o maior tempo que podia, o que continuava deixando minha mãe extremamente irritada mesmo tendo se convertido também.
A situação financeira continuava muito complicada, agora meu pai já não estava mais conosco, fora para o Nordeste e passado 2 anos de muita luta, reencontramos após aproximados 20 anos meu avô materno que morava sozinho no interior de São Paulo, quanto a nós, morávamos em uma cidade próximo a capital.
Então nos convidou para morarmos com ele no interior de São Paulo e diante das situações que vivíamos acabamos aceitando.
No início apoiei a mudança porque imaginava que em outro lugar desconhecido refaríamos nossa vida, e eu continuava sofrendo terrívelmente pelos meus complexos de inferioridade agora ligados a minha aparência que incomodava pelo início da puberdade. Na escola eram muitos comentários maldosos, posso dizer que não era uma jovenzinha muito atraente...huahauhauauha! Mas isso realmente me causava um mal extremo unidos aos sentimentos de insegurança e crises familiares o que agora me levava a ter uma personalidade explosiva, rebelde e depressiva.
Mas após a mudança e integração na nova cidade, tudo simplesmente se intensificou...Perdi meu chão...Não conhecia nada no bairro que mais parecia um cemitério de tão calmo e isolado. Atrasada nas matérias escolares que eram dadas na nova escola, sem qualquer idéia de onde achar uma outra Igreja semelhante a qual eu fazia parte e o pior de tudo...Uma sala repleta de alunos duplamente maldosos com pessoas de aparência não muito favorecida.
Só para quebrar o gelo...huahauhaha...eu era uma mocinha de quase 13 anos muito magricela, alta e esguia, usava óculos fundo de garrafa, cabelos encaracolados crespos e os dentes frontais separados. Imaginou isso no ginásio?????? HUHAUHAUAHA!
Por fim soube de uma igreja não muito perto de onde morava, mas daria para ir a pé com minha mãe e somente aos Domingos pois ela trabalhava aos Sábados. Isso era triste para mim, pois me acostumei de sempre ajudar nas atividades da Igreja de onde vim. Mas não durou muito tempo para eu me decepcionar com as pessoas daquela denominação, entre os jovens que não sabiam disfarçar a indiferença e a dificuldade de saber acolher uma pessoa estranha entre eles.
Hoje, sei com plena convicção de que não houve maldade em suas atitudes, posteriormente voltei a fazer parte desse ministério por vários anos, mas eu cheguei naquele lugar de estrutura muito maior comparados com as de onde eu vinha com uma imensa bagagem de rejeição e inferioridade, então qualquer olhar atravessado para mim naquela época, era motivo para me ofender.
Algumas pessoas de fato não viviam o cristianismo tal como ele é, mas seja qual for o meio social a que venhamos viver, se for integrados por pessoas, sempre haverão defeitos...
Continuo no próximo post.
No amor,
Amanda Reis.
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