domingo, 5 de junho de 2011

Um Pouco de Mim* TESTEMUNHO

    Motivada por um pedido de um amigo do Facebook, decidi falar sobre minha conversão...Essa sem dúvida foi a maior e mais incrível experiência da minha vida, o que trouxe consigo as demais experiências que hoje posto.

   Cresci em um lar simples, filha de pais humildes que professavam fé em Deus, mas que não viviam com verdade nenhum tipo de religião.
   Filha caçula criada com um irmão 6 anos mais velho...
   Eu sempre fui muito ativa, bagunceira de verdade...Adorava brincar na rua, e as brincadeiras mais legais eram as de menino...rsrs!
   Carrinho de rolemã, pipa, pega-pega, jogar pedra no telhado alheio, subir em altas árvores, roubar limão na casa do vizinho...rs!
   Amava dançar muito (lambada, samba, axé, pagode)...nossa vizinhança, círculos de amigos e parentes que moravam próximo gostavam de se reunir  em pequenas festinhas de bairro e eu não perdia uma.
   Eu soube viver a inocência da infância em sua plenitude, era uma menina forte, independente, livre para fazer minhas traquinagens, tinha uma imaginação e tanto.
   Hoje posso dizer que o Senhor já forjava meu caráter para me tornar a mulher que sou hoje.

   Sofri um atropelamento aos 6 anos de idade e passei por 3 cirurgias na região do calcanhar, onde tenho as cicatrizes ainda hoje.
   Explicar como um carro conseguiu passar por cima apenas do meu calcanhar esquerdo sem causar qualquer outro dano é impossível para mim. Querido, chame uma criança de 6 anos, olhe para suas perninhas frágeis e tente imaginar como um carro pode passar por cima apenas de uma delas sem agredir nenhuma outra parte de seu corpo ou toda a extensão de sua perna.
   Enfim...não preciso dizer o grande livramento de morte que recebi ainda tão nova, e hoje eis me aqui com minhas pernas perfeitas para dançar, pular, andar de patins (amo) e glorificar a Deus que me deu vida.

   Mas embora fosse uma menina realmente ativa e alegre, os anos foram se passando e essa alegria passou a se tornar cada vez mais frágil.
   Sofria de sentimentos de inferioridade gerada pela insegurança adquirida com a vivência difícil junto ao meu pai. Este homem maravilhoso, que me deixou um tesouro de caráter sem igual quando sóbrio, era escravo do "álcool" e tomado pelas lembranças dolorosas de sua infância, reproduzia todo um repertório de palavras e atitudes maldosas que muito afetaram a mim e a meu irmão.

   Quando eu tinha por volta de 9 anos e meio, mudamos de bairro e eu vim a conhecer uma outra menina de 12 anos, evangélica, que morava em frente a minha casa.
   Foram anos difíceis aqueles, marcado por desemprego dos meus pais, dificuldades financeiras, e nossa casinha amados era um simples e apertado cômodo de madeira em um bairro de periferia.
   E a amizade com essa outra menina se tornou muito estreita, e um determinado dia ela me chamou para irmos à sua igreja.
   Amados, vale ressaltar que eu tinha um temperamento terrível, e já não gostava de "crentes" pela influência do meu pai. Aquele povo chato, barulhento, sem graça que vivia dizendo que todo mundo ia para o "inferno". Mas depois de algum tempo de insistência e porque ela era muito legal, aceitei o convite...Mas detalhe! Era festa do dia das crianças e ia ter boloooooooo...(cake)...rs!
   Eu confesso!!! Fui por interesse!! rsrs.

   Chegamos naquela igrejinha feia, de vidros quebrados, de 'telhas' quebradas, chão sem piso, apenas o cimento grosso e mal trabalhado, bancos de madeira grosseira feitos à mão e pregos mal batidos, que saia a farpa na roupa ou a roupa na farpa...huahauhaa!
   Não havia instrumentos...Sequer haviam ministros de louvor...Apenas o pastor, uma irmã extremamente humilde e desafinada que puxavam os famosos "corinhos"...huahauahua...Nem dá pra acreditar né?? Pois bem, isso foi em meados de 1996.
   Não me pergunte como, quando ou porque, mas gostei dali!! Era até meio engraçado como aquele povo orava.
   Comecei a ir algumas vezes, mas revezava com as visitas ao terreiro de umbanda que fazia junto com minha mãe e alguns vizinhos, pois queríamos de algum modo que meu pai parasse de beber e que os "caminhos" fossem abertos. O povo falava que funcionava ué...Fomos tentar!!

Não tenho a menor intenção de criticar qualquer religião aqui, na verdade sou aversiva a falar de qualquer religião seja ela qual for, mas como é meu testemunho, e é a verdade que eu vivi tenho que dizer que os "trabalhos" no terreiro não funcionou e meu pai passou a beber muito mais até que foi embora para o Nordeste e nos deixou, voltando somente cerca de 6 anos depois.

   Eu acabei me decidindo de ficar na igreja, já tinha 10 anos e meio e queria me batizar "nas águas", mas minha mãe não deixou, dizia que eu era muito nova e não sabia o que queria da vida. Pois eu me tornei uma beata mirim...rsrs...O que a deixava com ainda mais raiva...Eu vivia na igreja...Ia limpar, ensaiar para cantar com as crianças, tenho até hoje minha primeira bíblia pequenininha e azul que ganhei na escola, só tinha o Novo Testamento, Salmos e Provérbios...huahauaha
   Mas eu adorava ler as histórias de JESUS CRISTO e com minha super imaginação ficava revoltada com as pessoas que o haviam judiado.
   No dia 07 de Dezembro de 1997, eu com 11 anos desci as águas do batismo declarando JESUS CRISTO como o Salvador da minha vida, estava ansiosa para aquele momento mas fui a última da fileira de bancos a descer as águas...A PRIMEIRA FOI MINHA MÃE!

Continuo no próximo post
No amor,
Amanda Reis.






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